Miguel Bembe, embaixador Angolano Defende Soluções Sustentáveis para Financiamento da União Africana

O diplomata angolano destacou que as operações da UA atualmente dependem, em grande parte, do financiamento de parceiros internacionais, os quais têm enfrentado dificuldades significativas em cumprir com seus compromissos financeiros, especialmente no que se refere ao orçamento de programas e ao financiamento de operações de apoio à paz em África.

“Este ano, a situação é preocupante”, lamentou Miguel Bembe, apontando que dos 369,5 milhões de dólares prometidos para o período em análise, apenas 28,8 milhões de dólares foram disponibilizados, representando apenas 7,8% do total esperado.

Ele enfatizou que cabe aos Estados-membros custear as ações da organização, visto que a dependência de financiamento externo compromete a sustentabilidade das operações da UA. Miguel Bembe apelou aos Estados-membros para apresentarem propostas concretas e construtivas que possam enfrentar o atual quadro financeiro.

Apesar das dificuldades, o diplomata se mostrou satisfeito com os Estados-membros que cumpriram com suas contribuições estatutárias, destacando que este ato representa um compromisso com o Fundo de Paz Revitalizado da União Africana. Ele sublinhou a importância de manter essas contribuições para o orçamento regular da organização continental.

Miguel Bembe reconheceu as dificuldades econômicas e financeiras enfrentadas pelos demais Estados-membros, que têm levado ao incumprimento das contribuições. No entanto, ele alertou que o bom funcionamento da União Africana depende da observância desses compromissos, e o incumprimento pode aumentar a dependência da organização de países fora do continente.

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